A ovorecepção é uma possibilidade incrível que a evolução da medicina reprodutiva pode proporcionar para tantas pessoas que tentam ter filhos.
Por isso é tão importante desmistificar e acabar com as ideias ou opiniões antecipadas sobre a ovorecepção.
Já escutei a seguinte pergunta: “Doutora, se eu optar pela ovorecepção, meu bebê terá meu DNA?”
Vou tentar dar uma resposta bem fácil de entender:
Embrião é o resultado de ÓVULO DOADO + espermatozoide.
E cada material biológico desses tem o seu próprio DNA, por ex:
(DNA do óvulo doado) + (DNA do espermatozoide)= DNA do embrião
Na ovorecepção, o bebê não terá o DNA da receptora, já que os óvulos não vieram dela. No entanto, a epigenética pode interferir na forma como o DNA vai funcionar, o que pode mudar toda a perspectiva de “passividade” da receptora em relação à ovorecepção!
O embrião é apenas o primeiro ciclo desta vida.
Após a transferência para o útero da receptora, as células do embrião só vão se multiplicar se receberem nutrientes e suporte para que continue seu desenvolvimento – o que torna a receptora INDISPENSÁVEL para que a vida do embrião continue!
O amor mãe e filho vai MUITO além da genética!