Eis uma pergunta freqüente em consultórios médicos, especialmente nas especialidades de cardiologia e urologia. Estima-se que até a metade dos homens que já sofreram com algum tipo de doença do coração sentiram medo ao manterem relação sexual. O problema é que boa parte dos homens esconde, por vergonha, a angústia que sentem quando o assunto é relação sexual. Muitas vezes são suas parceiras que expressam essas preocupações. Contudo, é cada vez mais comprovada a relação entre doenças do coração e risco durante a relação sexual. E não é apenas quem já teve problema cardíaco que está sob risco. Sabe-se que as doenças cardíacas são silenciosas em boa parte da sua evolução e que, por exemplo, homens que sofrem de disfunção erétil possuem risco de ter uma doença no coração semelhante ao de quem fuma ou tem alguma história na família.
O esforço cardiovascular que requer uma relação sexual assemelha-se ao de atividades físicas habituais. Portanto, o ideal seria que os homens fizessem um trabalho de prevenção. Para alguns, apenas recomendações de uma alimentação saudável, prática de atividade física, parar de fumar ou controle da hipertensão arterial pode ser suficiente para a liberação para relações sexuais. Já em pessoas com risco mais elevado pode ser necessária a realização de exames complementares ou até mesmo o tratamento da doença cardíaca para que a prática sexual seja feita com segurança. Em qual grupo você se encaixa? O seu médico deverá indicar isso através de detalhado processo de estratificação do seu risco cardíaco.
Além disso, o médico também pode orientar quanto a questões muito freqüentes, mas que nem sempre o homem tem liberdade ou coragem para fazer. “O remédio que eu tomo pode provocar impotência sexual?” ou “ Eu posso fazer uso de alguns remédios para tratamento da impotência?”. Essas e outras dúvidas podem e devem ser sanadas com o seu médico. O importante é saber que com os cuidados e prevenção adequados todos podem ser capazes de manter relação sexual agradável e ao mesmo tempo segura.
